domingo, 29 de julho de 2012

Como alinhar um telescópio com montagem EQ3-2



1 - Contra peso
2 - Eixo de declinação
3 - Motor e sistema de engrenagens
4 - Tripé
5 - Ajuste de latitude
6 - Luneta polar
7 - Eixo de ascensão reta
8 - Eixo de latitude
9 - Ajuste de azimute





Encontre a latitude correta do local (cidade) onde está observando o céu, e regule através da rosca de ajuste de latitude (item 5). Repare que o eixo de latitude irá mudar (item 8). Através da luneta polar (item 6), alinhe o eixo de ascensão reta (item 7) com o pólo sul celeste, que fica no cruzamento entre o prolongamento imaginário da cruz da constelação do cruzeiro do sul e uma reta imaginária perpendicular passando pelo centro entre as estrelas alfa e beta centauro, conforme ilustra a imagem abaixo. Não há uma estrela especifica para apontar.



Após encontrar o pólo sul celeste, encontre o objeto que quiser no céu com o telescópio. Trave então o eixo que faz girar o telescópio para esquerda-direita. Marque o valor do ângulo de inclinação indicado pela seta de rotação, localizada no próprio eixo.


Pronto, agora é só mover o eixo de declinação (item 2) com a vareta de ajuste, acompanhando a rotação da terra, assim que o objeto estiver sumindo de vista. Quando chegar ao limite de inclinação, pois o tubo do telescópio irá bater no tripé, ou quando não dá mais para acompanhar o objeto, mude a angulação do eixo que faz girar o telescópio para esquerda-direita para o ângulo oposto, exemplo: se estiver com ângulo 60° (positivo), mude para -60° (negativo) e trave de novo. Encontre o objeto novamente e continue acompanhando a rotação da terra através de ajustes no eixo de declinação (item 2).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Velocidade da Luz

Muito se fala sobre velocidade da luz. Poucas pessoas sabem que é uma medida de distância, que a luz percorre em 1 ano. Segue abaixo dados corretos para ajudar a entender:


Velocidade da Luz (m/s)
Segundo
Minuto
Dia
299792458
60
60
24









Ano

Dias
365
31536000

Horas
5
18000

Minutos
49
2940

Segundos
12
12

Total (seg.)
31556952








Espaço percorrido pela luz (em metros) em 1 ano:
9,460536207068020E+15

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eclipse da Lua

Eclipse total da lua no dia 15 de junho.

Escolhendo um telescópio para astronomia

Tendo em vista a vasta variedade de telescópios disponíveis no mercado, como um entusiasta mas consumidor inexperiente pode escolher o modelo certo? A resposta para essa questão explicará as diferenças entre tipos específicos de telescópios, mas para entender de forma mais abrangente é importante primeiro entender alguns pontos básicos sobre telescópios para astronômia em geral.


Abertura é o fator mais importante
A especificação mais importante para qualquer telescópio astronômico é sua abertura. Esse termo refere ao diâmetro do elemento ótico principal seja o espelho primário ou lentes. A abertura de um telescópio esta relacionado diretamente com dois aspectos vitais da performace do equipamento: sua capacidade de absorver luz (determina o quanto luminoso os objetos serão visualizados) e sua potência máxima de resolução (o quão detalhado serão as imagens). Existem outros critérios a serem considerados durante a seleção de um telescópio, mas se você aprender apenas um aspecto que seja o a seguir: quanto maior a abertura de um telescópio (sua largura ou diâmetro) melhor pois mais luz entra no equipamento.

Não se iluda com poder de ampliação (600X, 1000X...)
Infelizmente, a primeira coisa que vem a mente quando um iniciante quer comprar um telescópio seria “qual o poder de ampliação?”. Ao contrário como afirmamos acima deveria ser “qual o diâmetro do equipamento?”. A verdade é que qualquer telescópio pode suprir praticamente qualquer poder de ampliação dependendo da ocular usada. O fator que limita o máximo de ampliação efetiva de qualquer telescópio como você pode ter imaginado é sua abertura. Aumentando a ampliação, a imagem no telescópio fica maior, a luz captada pelo telescópio é projetada sobre uma área maior e consequentemente a imagem fica mais escurecida. Existe um limite absoluto, determinado pelas características físicas da luz, que determina a melhor resolução de imagem para uma determinada abertura. Ao ultrapassar o limite de ampliação imagem começa a perder luminosidade e gradativamente se transforma numa bolha sem resolução.
Limite máximo de ampliação de qualquer telescópio é de 50 vezes sua abertura em polegadas ou 2 vezes sua abertura em milimetros. Isso corresponde a 100x ou 120x para pequenos telescópios o que é suficiente para visualizar os anéis de Saturno ou núvens de Jupiter. A regra de 2x para cada milímetro é mais simples e pode variar para mais ou menos dependendo da qualidade ótica do conjunto e visão do observador. Observadores experientes normalmente usam menos poder de ampliação, em torno de 0.5x a 1x por milímetro é o suficiente para a maioria dos objetos. Qualquer fabricante que afirma que um telescópio de 60mm pode visualizar bem à 450x (7.5x a abertura em milímetros) esta passando uma informação errada.

Quanto maior melhor, porém…
Enquanto a abertura é o aspecto mais importante de um telescópio, existem algumas exceções a regra que “quanto maior melhor”. A primeira é obvia: a facilidade de movimentar. Os maiores telescópios são realmente grandes e requerem uma casa ou observatório permanente ou bastante músculos, uma caminhonete e costas fortes motivadas! Existe um limite para o que seria necessário de performace e facilidade de movimentação. Esse limite existe dependendo dos seus recursos físicos e financeiros. Iniciantes devem começar com um modelo com abertura suficiente de forma de seja fácil manobra-lo. Evite cair na tentação da abertura grande. Aqueles que não conseguem estabelecer o limite compram o maior telescópio que o bolso pode suportar sem pensar em como usa-lo. Esses telescópios monstros normalmente acabam num canto da garagem acumulando poeira, exilado pelo crime de ser muito pesado e grande, enquanto os entusiástas de fim-de-semana ao invés de se transformarem em caçadores de estrelas acabam frustrados.

O céu É o limite
A segunda limitação de um telescópio é menos óbvia mas fica clara após as primeiras sessões de astronomia: A atmosfera terrestre limita o quanto você pode visualizar. Estrelas e planetas visualizados através de um telescópio parecem distorcidas tendo em vista que a luz passa através da atmosfera. Esse efeito é conhecido por astronômos como “seeing” e se torna mais aparente e incomodante na medida que a abertura aumenta. Afeta principalmente a observação da Lua e planetas onde a ampliação aplicada para revelar mais detalhes aumenta também a turbulência do ar.
A distorção devido ao “seeing” varia de acordo com as correntes de ar nas altas camadas da atmosfera e de forma menos direta pela altitude e topografia do local de observação. Numa noite normal e num local normal a turbulência limitará o limite de ampliação para algo em torno de 250x ou 300x e previne que telescópios maiores que 8” ou 10” atingam o máximo de sua performace de ampliação. Telescópios maiores que 10” normalmente são usados por observadores que preferem visualizar galaxias, nebulas e star clusters com pouca luminosidade.

Montagem de telescópios
O ultimo tópico importante a ser coberto antes de entrar no assunto de ótica são os tipos de montagem. Telescópios são oferecidos como Altitude-Azimute (altaz) que movem para cima-baixo (altitude) e esquerda-direita (azimute) ou equatorial que se alinham com eixo de rotação da Terra.
Montagens azimutais são geralmente mais simples de usar e preferidas se o telescópio é usado para observação diurnal e noturna. As melhoras montagens azimutais oferecem controles de precisão de pequenos incrementos e são mais recomendados para ampliações de até 150x. A montagem Dobsoniana é uma variação da azimutal. Utiliza materiais não convencionais para telescópios como madeira e teflon numa montagem que se movimenta facilmente, extremamente estável e pode suportar grandes telescópios por um baixo custo. Apesar de não existir motores elétricos ou engrenagens de precisão pode ser usado com grande sucesso em telescópios grandes de até 200x de ampliação ou mais!
Montagens equatoriais são mais apropriadas para observação astronômica do que terrestre. Sua vantagem esta no fato de facilitar o rastremento de objetos no céu. Esse movimento pode ser feito atrevés de um controle manual de precisão ou por um motor elétrico. A facilidade de visualização para altas potências torna a montagem equatorial a preferida para quem deseja observar a Lua e planetas. Caso queira se especializar em fotografia astronômica a montagem equatorial é a mais recomendada.


sábado, 18 de junho de 2011

Telescópio da NASA confirma que energia escura é real


Expansão do Universo
Uma pesquisa que durou cinco anos e cobriu 200.000 galáxias, levou a uma das melhores confirmações de que é mesmo a energia escura que está acelerando a expansão do Universo.
O estudo, que representa um retorno de até sete bilhões de anos no tempo cósmico, usou dados da sonda espacial Galex (Galaxy Evolution Explorer: Exploração da Evolução das Galáxias) e do Telescópio Anglo-Australiano instalado na montanha Siding Spring, na Austrália.
Os resultados dão suporte para a principal interpretação sobre como funciona a energia escura - como uma força constante, afetando uniformemente o Universo e impulsionando sua expansão.
Por decorrência, os dados contradizem uma teoria alternativa, que propõe que seria a gravidade, e não a energia escura, a força que impulsionaria a expansão do Universo. De acordo com esta teoria alternativa, com a qual os novos resultados não são consistentes, o conceito de Albert Einstein da gravidade estaria errado, e gravidade tornar-se-ia repulsiva, ao invés de atrativa, quando atuando em grandes distâncias.
"Os resultados nos dizem que a energia escura é uma constante cosmológica, como Einstein propôs. Se a gravidade fosse a responsável, então não estaríamos vendo esses efeitos constantes da energia escura ao longo do tempo," explica Chris Blake, da Universidade de Tecnologia Swinburne, na Austrália, e líder da pesquisa.

Energia escura
Acredita-se que a energia escura domine o nosso Universo, perfazendo cerca de 74 por cento dele. A matéria escura, uma substância não menos misteriosa, é responsável por 22 por cento. A chamada matéria normal, ou matéria bariônica - qualquer coisa que tenha átomos - representa apenas cerca de 4% do cosmos.
A ideia da energia escura foi proposta durante a última década, com base em estudos de estrelas distantes que explodiram, conhecidas como supernovas.
As supernovas emitem uma luz constante e mensurável, o que as torna uma referência inigualável, que permite o cálculo de sua distância da Terra com grande precisão.
As observações revelaram que algo - que veio a ser chamado de energia escura - estava fazendo aumentar a aceleração desses objetos celestes.

Energia escura versus gravidade
A energia escura disputa um cabo-de-guerra com a gravidade.
A teoria atual propõe que, no início do Universo, a gravidade assumiu a liderança, dominando a energia escura.
Cerca de 8 bilhões de anos após o Big Bang, com o espaço se ampliando e a matéria se diluindo, as atrações gravitacionais enfraqueceram e a energia escura tirou o atraso.
Se isto estiver correto, daqui a bilhões de anos a energia escura será ainda mais dominante.
Os astrônomos preveem que o nosso Universo será um verdadeiro deserto cósmico, com as galáxias se distanciando tanto umas das outras que quaisquer seres que viverem dentro delas não serão capazes de ver outras galáxias.

Era da energia escura
Esta é a primeira vez que astrônomos fazem essa checagem cobrindo todo o período de vida do Universo desde que ele foi dominado pela energia escura.
A equipe começou montando o maior mapa tridimensional já feito das galáxias do Universo distante. Isto foi feito pelo Telescópio de ultravioleta GALEX, que mapeou cerca de três quartos do céu, observando centenas de milhões de galáxias.
O Telescópio Anglo-Australiano coletou informações detalhadas sobre a luz de cada galáxia, o que permitiu estudar o padrão de distância entre elas - ondas sônicas do Universo jovem deixaram marcas nos padrões de galáxias, fazendo com que pares de galáxias sejam separados por aproximadamente 500 milhões de anos-luz.
Essa "régua padrão" foi usada para determinar a distância entre os pares de galáxias e a Terra - quanto mais próximo um par de galáxia estiver de nós, mais distantes elas irão aparecer uma da outra no céu.
Tal como acontece com os estudos de supernovas, estes dados de distância foram combinados com informações sobre as velocidades nas quais os pares estão se afastando de nós, revelando, mais uma vez, que o tecido do espaço está se esticando cada vez mais rápido.

Bibliografia:

O Telescópio

Telescópio SkyWatcher Explorer 150mm f/D 8 Equatorial
- Diâmetro da Objetiva: 150mm
- Distância Focal: 1200mm
- Óptica: Refletor Newtoniano
- Montagem: Equatorial Germânica
- Porta Ocular: 1.25"

Saturno

Saturno visualizado com meu telescópio SkyWatcher 150mm f/D 8.